Australopithecus deyiremeda viveu cerca de 3,4 milhões de anos atrás no norte da Etiópia, em torno do mesmo tlugar e ao mesmo tempo que o Australopithecus afarensis.
Lucy, o fóssil mais famoso do mundo, que revelou aos cientistas a espécie A. afarensis, tem um vizinho. Próximo ao local onde este fóssil foi desenterrado, uma equipe de pesquisadores encontrou outro fóssil. Mandíbulas e dentes fossilizados foram encontrados no norte da Etiópia e demonstra uma antiga relação humana. Os pesquisadores dizem que este fóssil vivera na mesma época que Lucy, a Australopithecus afarensis, mas que é uma espécie distinta. Os restos da nova espécie, que foi apelidada de Australopithecus deyiremeda, viveu entre 3,5 milhões e 3,3 milhões de anos atrás, e o fóssil foi descoberto apenas 35 km do local em que Lucy e outros indivíduos A. afarensis foram encontrados. Os fósseis de A. afarensis datam para entre 3,7 e 3 milhões de anos atrás, então as duas espécies teriam vivido em conjunto (embora a própria Lucy pode ter vivido muito recentemente para ver um).
A descoberta sugere que vários hominídeos distintos – espécies mais estreitamente relacionadas com os seres humanos do que para chimpanzés – percorriam a África Oriental mais de 3 milhões de anos atrás. Uma terceira espécie, Kenyanthropus platyops, vivia no que hoje é o Quênia em torno do mesmo grupo. “A questão que vai vir para cima é qual taxa que deu origem ao nosso gênero Homo”, diz Yohannes Haille-Selassie, um paleoantropólogo no Museu de História Natural de Cleveland, em Ohio, cuja equipe relata sua descoberta na revista Nature. “Isso vai ser a pergunta de 64 milhões de dólares.”