População de tartarugas marinhas apresenta um crescimento de 86,7% em cinco anos

Um recente estudo do projeto Tamar mostrou que as cinco espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção (tartaruga cabeçuda, tartaruga-de-pente, tartaruga-verde, tartaruga-oliva e tartaruga-de-couro) aumentaram seu contingente populacional em 86,7% em cinco anos.

O crescimento foi de 4,5 milhões para 8,4 milhões de animais, de 2010 até o final de 2014, o que indica o aparecimento de uma nova geração e o provável início de recuperação destas espécies incidentes no Brasil.

Guy Marcovaldi, oceanógrafo que coordena o Projeto Tamar, ressalta que este aumento na população indica uma grande vitória, visto que até o início dos anos 1980, a matança por redes de pesca, poluição e mudanças climáticas, praticamente extinguiu as cinco espécies.

Esta vitória é ainda maior se contarmos o fato de que apenas um ou dois indivíduos, a cada mil que nascem, sobrevivem, por conta de fatores naturais, como servir de alimento para aves ou peixes maiores, mesmo tendo as ovadas protegidas.

O Projeto Tamar é o maior quando se trata de preservação de quelônios, e está instalado na Bahia, em Sergipe, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, no Ceará, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina.

Porém, apesar destas espécies terem apresentado este crescimento, o número de tartarugas marinhas ainda é relativamente baixo. Cada indivíduo só atinge a maturidade sexual aos 20-30 anos de idade, sendo exceção a tartaruga-oliva, que aos 11 anos já está apta para se reproduzir.

Isso demonstra que este trabalho é lento e que devemos proteger estes animais.

 

 

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