Mais de 150 espécies saem da lista de extinção

O governo federal realizou a maior avaliação da fauna já feita no mundo. Portarias assinadas, nesta quarta-feira (17/12), pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, definem as novas Listas Nacionais de Espécies Ameaçadas de Extinção, construídas a partir do estudo.

Ao todo, 170 espécies deixaram de fazer parte da relação. Entre elas, estão a baleia jubarte e a arara-azul-grande, ambas com populações em recuperação.

As novas listas ampliaram em 800% a quantidade de espécies avaliadas em comparação ao último levantamento, divulgado em 2003. Feita entre 2010 e 2014, a pesquisa considerou 12.256 espécies da fauna brasileira, incluindo peixes e invertebrados aquáticos. Na lista anterior, de 2003, haviam sido avaliadas 816.

O mapeamento das espécies da fauna e da flora e de peixes e invertebrados aquáticos beneficiará as políticas ambientais desenvolvidas em nível nacional e global. “A medida dialoga com as melhores iniciativas internacionais”, ressaltou Izabella. Segundo a ministra, o estudo também vai auxiliar a criação de novas unidades de conservação. “É preciso valorizar a proteção integral no país”, acrescentou.

Os resultados incluem a avaliação de espécies antes não descritas, a exemplo do macaco-prego-galego, encontrado na Mata Atlântica nordestina, e que já entrou na lista como espécie ameaçada.

Três espécies consideradas extintas foram reencontradas pelos especialistas, como a libélula fluminagrion taxaense, a formiga simopelta minina, e o minhocuçu rhinodrilus sasner.

AMOSTRA

O levantamento mostra um incremento na quantidade de espécies ameaçadas. O total nessa situação é de 1.173, divididas em três categorias: Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) e Vulnerável (VU).

Na lista anterior, realizada em 2003 e 2004, havia 627 espécies ameaçadas. “O número aumentou porque a amostra também aumentou. A lista cresce porque se conhece mais”, explicou a ministra Izabella.

A antiga lista, no entanto, contemplava apenas 816 espécies, universo bastante reduzido quando comparado às mais de 12 mil espécies analisadas na lista atual. “Agora, temos também mais clareza sobre as espécies que saíram da lista”, ponderou.

Agora, os pesquisadores conseguiram incluir 100% dos anfíbios, aves, mamíferos, répteis e mais de dois mil animais invertebrados. Com a adoção do Programa Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção, o Pró-Espécies, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), tem sido possível estabelecer políticas públicas específicas e adotar ações de prevenção, conservação, manejo e gestão para minimizar as ameaças e o risco de extinção dessas espécies.

A metodologia utilizada anteriormente definia como objeto de estudo somente as espécies já consideradas potencialmente em risco de extinção. Agora, as 12.256 espécies avaliadas compõem um rico banco de dados, com informações sobre distribuição geográfica, ecologia e habitat, dados populacionais e presença em Unidades de Conservação (UCs).

Fonte: http://www.mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-informma?view=blog&id=680

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