Organismos baseados em metano sobreviveram em condições marcianas simuladas. Esta descoberta demonstra que é possível colonizar este planeta com certos organismos.
Até certo tempo, cientistas assumiam que organismos que precisam de apenas de água e sais para sobreviver seriam os prováveis em Marte. Porém, Rebecca Mickol, uma estudante de PhD na Universidade de Arkansas, mostrou que a baixa pressão de superfície de Marte (7 mbar) é uma condição que qualquer vida existente na superfície terrestre ou perto da superfície conseguiria suportar.
Esta pesquisadora usa como exemplo o Monte Everest, cuja pressão é de 300 mbar e que alguns povos se acostumaram a enfrentar tal condição. O estudo dela se baseou em organismos unicelulares. Ela escolheu quatro espécies que transformam hidrogênio e dióxido de carbono em metano (wolfeii Methanothermobacter, Methanosarcina barkeri, Methanobacterium Formicicum e Methanococcus maripaludis), conhecidos coletivamente como metanogenicoss, e testou sua capacidade de sobreviver na água sob pressões tão baixas como 6 mbar. A câmara em que os organismos de água e a solução foram colocados foi dada uma fina atmosfera de 80% de hidrogénio e 20% de dióxido de carbono. As espécies são todos membros do Archaea, que não são nem bactérias nem eucariotas.
Todas as quatro espécies sobreviveram à provação, demonstrando que pressão baixa não é um obstáculo inerente à vida, mesmo entre espécies que não tiveram tempo para se aclimatar. O trabalho segue manifestações anteriores a de Mickol que duas espécies podem sobreviver sendo repetidamente congeladas e descongeladas de forma susceptível de ser experimentado por vida marciana.
“Estes organismos são candidatos ideais para a vida em Marte”, disse Mickol. “Todas as espécies metanogenicas exibiram sobrevivência após a exposição à baixa pressão, indicado pela produção de metano em ambas as culturas originais e de transferência depois de cada experimento.” Uma vez que o metano é um potente gás de efeito estufa e a sua presença generalizada iria aquecer o planeta.
Quando a sonda Curiosity detectou metano no ano passado, a possibilidade de que ele pode ter vindo de espécies metanogenicas criou grande emoção, apesar de fontes vulcânicas também serem possíveis. O debate continua como para a possibilidade de que a fonte pode ser o próprio curiosidade.